A BUSCA DO EU SUPERIOR - Paul Brunton

 

  • O eu é algo à parte e diferente do corpo. Dizemos “meu corpo”, demonstrando claramente que o corpo nos pertence, e portanto não somos o corpo. Do mesmo modo dizemos “minha mente” ou “minhas emoções”, o que indica que tampouco somos a mente ou as emoções.

  • O corpo é adquirido ao nascer, e se vai com a morte. Não é portanto permanente. Do mesmo modo mudam as emoções e os pensamentos, indicando que são impermanentes e não são o 'eu'.

  • O corpo é simplesmente uma casa para o eu, ou ego, e o ego é uma gota no oceano do Eu Superior.

  • O método de meditação é perguntar-se constantemente: 'quem sou eu? Não sou o corpo. Quem sou eu?' Focalize a atenção no coração, que é a morada do eu e a fonte do Eu Superior, sendo portanto o lugar de união. Mas esse coração espiritual situa-se à direita e não à esquerda, como o órgão físico do mesmo nome.

  • Qual é a prova de que o eu reside no coração espiritual? Aponte para si mesmo dizendo 'eu' e veja.

  • No 'eu' fica o centro de nossa vida e inteligência; aqui fica a personalidade. Na investigação do 'eu' podemos encontrar a verdade real acerca do homem, bem como alívio para numerosos fardos que nos afligem a alma em decorrência da ignorância de nossa verdadeira natureza íntima.

  • Quando encetamos a busca de nossa própria alma, somos inspirados por um poder mais alto: nossa divindade inerente, nosso Eu Superior.

  • A capacidade de seguir este caminho existe em todos nós. Pode-se inverter a corrente do pensamento humano no sentido de sua fonte sublime, o coração espiritual.

  • Enviar frequentemente ao universo um pedido verbal ou silencioso, um desejo ou anseio de verdade espiritual, de paz ou de orientação, é pôr em ação determinadas forças inteligentes que existem no universo e que em última instância respondem, na exata proporção do grau de intensidade da aspiração. O universo não é um mecanismo que funcione às cegas, mas o traje envergado por uma hierarquia de seres inteligentes e conscientes.

  • Quem sou eu? Esta é uma pergunta que deve penetrar fundo na nossa consciência. Ela deve ser formulada em silêncio e feita com reverência, com seriedade e, mais tarde, até mesmo num espírito de quase-prece.

  • Na autoindagação tentamos descobrir aquilo que realmente somos e localizar o ser vivo que pensa e sente dentro do corpo. Não há resposta a esta pergunta que possa ser dada pela mente; ela virá em estágio avançado como uma iluminação que vem de uma região superior à mente.

  • Se o pensamento do eu reside no cérebro, não está ali totalmente isolado. Existe uma linha de comunicação com o coração, linha através da qual o Eu Superior envia sua vida e sua luz para a alimentação do ego, no cérebro. Este último, por si só, não pode fazer nada, pois depende desse auxílio. Por isso, existe um caminho de volta, um vínculo com seu local de nascimento. A corrente da consciência deve ser canalizada do cérebro para seu lugar primordial, o coração.

  • Mesmo que esse ponto elevado não seja atingido, os esforços jamais serão desperdiçados. Um pouco de paz, um pouco de iluminação com certeza serão conseguidos em troca.




  • O Eu Superior é o raio de Deus no homem. E tanto quanto uma mãe de verdade ama seu filho e procura proporcionar-lhe felicidade, o Eu Superior ama o eu pessoal, e procura sempre seu bem-estar, conduzindo-o através dos caminhos de arrependimento e da volta. O homem que enceta essa busca é como o raio que volta à sua fonte.

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